segunda-feira, 4 de junho de 2012

 Sistema Digestório Do Corpo Humano 


Como um simples conceito podemos dizer que o sistema digestório ou digestivo realiza a digestão, processo que transforma os alimentos em substâncias passíveis de serem.
O nosso tubo digestório apresenta diversos segmentos que sucessivamente são:  


BOCA - FARINGE - ESÔFAGO - ESTÔMAGO - INTESTINO DELGADO - INTESTINO GROSSO









 BOCA 









   A boca também referida como cavidade oral ou bucal é formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que está suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal.
   A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição.
 

 Língua 

   A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula.



   Nesse órgão há as papilas linguais que são projeções do cório na qual dão a essa região uma aspereza característica e, algumas dessas papilas, são capazes de percepção de gosto do alimento(papilas gustativas). Os tipos de papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples.



Faringe  e  Esôfago



  O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. 
   Após a mastigação ocorrida na boca, o bolo alimentar passa pela faringe e é direcionado para o esôfago. Lá, movimentos peristálticos permitem que o bolo seja direcionado ao estômago. Tal processo mecânico permite, além desta função, misturá-lo aos sucos digestivos. 
   A simples função do esôfago é levar o alimento(bolo alimentar) até o estômago com a ajuda dos movimentos peristálticos.
   A faringe também está relacionada com as vias nasal e respiratória . Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias nasal e respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias. Assim durante a deglutição, o palato mole move-se em direção a abertura da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada quando a traqueia move-se para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de epiglote, cubra a entrada da via respiratória. 


 Estômago 

O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome (Ver quadrantes abdominais no menu principal), entre o fígado e o baço. 
   O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado. 
   Este órgão produz o ácido clorídrico para a dissolução do alimento, melhorando a absorção de nutrientes. Como este acído é muito corrosivo, o estômago produz um muco, chamado mucina, para proteger a parede estomacal.
O suco gástrico – rico em ácido clorídrico, pepsina, lipase e renina – fragmenta e desnatura proteínas do bolo alimentar, atua sobre alguns lipídios, favorece a absorção de cálcio e ferro, e mata bactérias.
   Este órgão permite que o bolo fique retido dentro dele, sem que ocorram refluxos. Durante, aproximadamente, três horas, água e sais minerais são absorvidos nesta cavidade. O restante, agora denominado “quimo”, segue para o intestino delgado.







Cárdia : Primeira parte do estômago onde há a entrada do alimento. Tem esse nome por está próximo ao coração;
   Fundus : Parte mais dilatada do estômago 
   Piloro : Parte final do estômago. Canal que leva o alimento(quimo) até a primeira parte do intestino delgado.
Obs.: A parede estomacal apresenta vilosidades, para a melhor absorção de nutrientes.


 Intestino Delgado 



   A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. 
   O intestino delgado mede de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros). 
   O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso. 

Partes do Intestino Delgado

   Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximedamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Nessa parte, há o suco pancreático, que é lançado do pâncreas através do canal de Wirsung. Este possui bicarbonato de sódio, tripsina, quimiotripsina, lipase pancreática e amilopsina em sua constituição, que permitem com que seja neutralizada a acidez do quimo, proteínas sejam transformadas em oligo-peptídios, lipídios resultem em ácidos graxos e glicerol, carboidratos sejam reduzidos a maltose e DNA e RNA sejam digeridos. A bile, produzida no fígado, quebra gorduras para que as lipases pancreáticas executem seu papel de forma mais eficiente



   Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo. 
   Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno.Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal.


Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis. 
   A digestão se encerra na segunda e terceira porção do intestino delgado, pela ação do suco intestinal. Suas enzimas: maltase, sacarase, lactase, aminopeptidases, dipeptidases, tripeptidases, nucleosidades e nucleotidases; permitem que moléculas se reduzam a nutrientes e estes sejam absorvidos e lançados no sangue, com auxilio das vilosidades presentes no intestino. O alimento passa a ter aspecto aquoso, esbranquiçado, e é chamado, agora, de quilo.


 Intestino Grosso 


   O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesecolo.
   Esse órgão absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal. 
   O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao  intestino delgado: o calíbre, as tênias, os haustros e os apêndices epiplóicos. 
   Esta parte do tubo digestivo é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino grosso. A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal. 
   O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus



   A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal (iliocólica). No fundo do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme.
   A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que se prolonga do ceco até o ânus.

Há quatro tipos de cólon: 

   Cólon Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). 
   Cólon Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo. 
   Cólon Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmóide. 
   Cólon Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento variável. O colo sigmóide une o colo descendente ao reto. 
A terminação das tênias do colo, aproximadamente a 15cm do ânus, indica a junção reto-sigmoide.
 
Partes finais



   Reto - Recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal. 
   O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfincteres anais. 
   O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares, sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer. 





sábado, 2 de junho de 2012


BIOLOGIA
A prova de Biologia avaliará os conhecimentos específicos do candidato a respeito da genética, evolução, anatomia, fisiologia, química e diversidade dos seres vivos e os processos de inter-relação entre os seres vivos e o ambiente. O concorrente deverá demonstrar capacidade de compreender, numa visão integrada e sistêmica, o significado da interferência do homem na natureza e suas implicações no atual estágio da humanidade.  


  CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA PROVA DE BIOLOGIA (UEPB)  

1.  INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA BIOLOGIA 
     1.1. Os seres vivos e suas características. 


2.  BIOQUÍMICA CELULAR – A QUÍMICA DOS SERES 
VIVOS 
     2.1 Água e sais minerais. 
     2.2 Carboidratos e lipídeos. 
     2.3 Proteínas. 
     2.4 Vitaminas. 
     2.5 Ácidos nucléicos. 


3.  CITOLOGIA 
     3.1 A descoberta das células. 
     3.2 As membranas celulares. 
     3.3 O citoplasma. 
     3.4 O núcleo celular. 
     3.5 Divisão celular. 


4.  METABOLISMO CELULAR: ENERGIA E CONTROLE 
     4.1 A fotossíntese. 
     4.2 Respiração celular. 
   
5.  EMBRIOLOGIA 
     5.1 Tipos de ovos e de segmentação. 
     5.2 Fases e características do desenvolvimento embrionário. 
     5.3 Origem e destino dos folhetos embrionários. 

6.  HISTOLOGIA 
     6.1 Histologia animal 
           • Tecidos epiteliais. 
           • Tecidos conjuntivos. 
           • Tecidos musculares. 
           • Tecido nervoso. 
     6.2 Histologia vegetal 
           • Tecidos meristemáticos. 
           • Tecidos permanentes.  


7.  A DIVERSIDADE DA VIDA 
     7.1 Taxonomia: O sistema de classificação dos seres vivos. 
     7.2 Sistemática filogenética. 


8.  VÍRUS 
     8.1 Características gerais. 
     8.2 Estrutura e reprodução. 
     8.3 Principais viroses. 


9.  REINO MONERA  
     9.1 As bactérias 
            • Características gerais. 
            • Morfologia e Fisiologia e importância. 
            • Principais Bacterioses. 
     9.2 Cianobactérias  
            • Características gerais. 
            • Morfologia e fisiologia. 


10.  REINO PROTISTA 
     10.1 Protozoários 
            • Características gerais. 
            • Aspectos morfológicos e ecológicos.  
            • Diversidade, evolução e classificação. 
            • As principais doenças causadas por protozoários. 
            • A reprodução dos protozoários. 
      10.2 Algas unicelulares (classificação e características gerais) 


11.  REINO FUNGI 
       11.1 Características gerais. 
       11.2 Diversidade, evolução e classificação. 
       11.3 Importância. 
       11.4 Associação entre fungos e outros  
        Organismos  (Liquens). 


12.  REINO PLANTAE 
       12.1 As plantas  
              • Introdução. 
              • Classificação. 
              • Ciclos reprodutores. 
        12.2 Algas pluricelulares. 
        12.3 Briófitas. 
        12.4 Pteridófitas. 
        12.5 Gimnospermas. 
        12.6 Angiospermas. 


13.  REINO ANIMALIA 
       13.1 Filo Porífera. 
       13.2 Filo Coelenterata (Cnidária). 
       13.3 Filo Platyhelminthes. 
       13.4 Filo Aschelmintes. 
       13.5 Filo Annelida. 
       13.6 Filo Mollusca. 
       13.7 Filo Arthopoda. 
       13.8 Filo Echinodermata. 
       13.9 Filo Chordata. 


14.  FISIOLOGIA VEGETAL 
       14.1 Absorção. 
       14.2 Transporte. 
       14.3 Transpiração. 
       14.4 Coordenação 
               • Os hormônios vegetais. 
               • Movimentos vegetais. 
               • Fotoperiodismo. 


15.  FISIOLOGIA HUMANA 
       15.1 A nutrição. 
       15.2 A respiração. 
       15.3 A circulação. 
       15.4 A excreção. 
       15.5 O sistema nervoso. 
       15.6 A regulação hormonal. 
       15.7 Revestimento, sustentação e movimentos. 


16.  REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 
      16.1 A reprodução e seus tipos básicos. 
      16.2 A reprodução humana. 
      16.3 Desenvolvimento embrionário.


17. GENÉTICA 
      17.1 Conceitos básicos de genética e a primeira de Lei de Mendel. 
      17.2 Probabilidade, genética e o mapeamento genético. 
      17.3 A segunda Lei de Mendel. 
      17.4 Polialelia:Alelos múltiplos. 
      17.5 A herança do sexo. 
      17.6 A interação gênica. 
      17.7 A ligação gênica e o mapeamento genético. 


18. EVOLUÇÃO 
      18.1 As teorias evolucionistas: De Lamarck e Darwin. 
      18.2 Variedade genética e seleção natural. 
      18.3 Genética das populações e a formação de novas espécies. 
      18.4 Os métodos de estudo e as evidências da evolução. 
      18.5 A história dos seres vivos. 


19. ECOLOGIA 
      19.1 O campo de estudo da ecologia. 
      19.2 As cadeias alimentares: o fluxo de energia e o ciclo de matéria nos ecossistemas. 
      19.3 As relações entre os seres vivos. 
      19.4 As populações naturais. 
      19.5 A influência do ambiente físico no organismo. 
      19.6 As sucessões ecológicas. 
      19.7 A biosfera e as suas divisões. 
      19.8 Os biomas brasileiros. 
      19.9 Desequilíbrios ambientais. 


20. ATUALIDADES EM BIOLOGIA

Boas notícias sobre o...


...Código Florestal
Medida provisória publicada na edição desta segunda-feira (28) no Diário Oficial da União introduz mais de trinta mudanças no novo Código Florestal (Lei 12.651/2012), sancionado com vetos e igualmente publicado nesta manhã. Entre as alterações está a redução da exigência de recomposição de mata ciliar para pequenos produtores que plantaram em Área de Preservação Permanente (APP)
Conforme anunciado na sexta-feira (25) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a presidente Dilma Rousseff sancionou o texto do novo código com 12 vetos e editou a MP 571/2012 para suprir lacunas deixadas pelos vetos.
Foi vetado o artigo que tratava de recomposição de APPs ocupadas até 2008 com cultivos ou criações. De acordo coma MP, propriedades com até 1 módulo fiscal deverão recompor uma faixa de 5 metros de mata, independentemente do tamanho do rio.
Em imóveis com área de um a dois módulos, será obrigatória a recomposição de faixa de mata de 8 metros de largura e em imóveis de 2 a 4 módulos, serão 15 metros de mata, para rios de qualquer tamanho.
A medida provisória restabeleceu princípios da lei florestal, entre os quais o reconhecimento das florestas como bens de interesse comum aos brasileiros. Também modificou o artigo que trata dos conceitos definidos na lei para, por exemplo, limitar a prática de pousio (interrupção de cultivos visando á recuperação do solo) a no máximo cinco anos e em até 25% da área produtiva da propriedade.
Também reestabeleceu conceitos de área abandonada e de áreas úmidas, ambos previstos no texto aprovado no Senado, mas excluídos pela Câmara.
 Referência : http://www12.senado.gov.br

O que você não sabe sobre o Novo Código Florestal 


Pode não parecer, mas o Código Florestal tem a ver com a qualidade de vida de todos os brasileiros. Desde 1934, quando surgiu, o Código parte do pressuposto de que a conservação das florestas e dos outros ecossistemas naturais interessa a toda a sociedade. Afinal, são elas que garantem, para todos nós, serviços ambientais básicos – como a produção de água, a regulação do ciclo das chuvas e dos recursos hídricos, a proteção da biodiversidade, a polinização, o controle de pragas, o controle do assoreamento dos rios e o equilíbrio do clima – que sustentam a vida e a economia de todo o país. Além de tudo isso, é a única lei nacional que veta a ocupação urbana ou agrícola de áreas de risco sujeitas, por exemplo, a inundações e deslizamentos de terra. 
É o código que determina a obrigação de se preservar áreas sensíveis e de se 
manter uma parcela da vegetação nativa no interior das propriedades rurais. 
São as chamadas áreas de preservação permanente (APPs) e reserva legal.


Você sabia que? 

As APPs, ou áreas de preservação permanente, 
são margens de rios, cursos d’água, lagos, lagoas 
e reservatórios, topos de morros e encostas com 
declividade elevada, cobertas ou não por vegetação 
nativa, com a função ambiental de preservar 
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade 
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna 
e flora, e de proteger o solo e assegurar o bem 
estar da população humana. São consideradas 
áreas mais sensíveis e sofrem riscos de erosão 
do solo, enchentes e deslizamentos. A retirada 
da vegetação nativa nessas áreas só pode ser 
autorizada em casos de obras de utilidade pública, de 
interesse social ou para atividades eventuais de baixo 
impacto ambiental.


 O Novo Código Florestal, como também é chamada a Lei N.º 4.771 de 15 de setembro de 1965, trata das florestas em território brasileiro e demais formas de vegetação, define a Amazônia Legal, os direitos de propriedade e restrições de uso para algumas regiões que compreendem estas formações vegetais e os critérios para supressão e exploração da vegetação nativa.
  Esta lei descrita acima é chamada de “Novo Código Florestal” porque em 1934 já havia sido aprovado um “Código Florestal” que, no entanto, não deu certo por causa das dificuldades para sua implantação.
   Logo em seu primeiro artigo o Novo Código Florestal diz que “As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, (…), são bens de interesse comum a todos os habitantes do País…”, explicitando o valor das florestas e vegetações nativas a despeito de seu valor comercial.
   No Art. 2º são definidas as áreas de preservação permanente (como topos de morros, ao redor de nascentes, ao longo de rios, etc.), nas quais, segundo a Lei, só é permitida a supressão total ou parcial com a autorização prévia do Poder Executivo Federal e quando for para a execução de atividades de utilidade pública ou interesse social (definidas no Art. 1º, § 2º, incisos IV e V). Para supressão de vegetação nestas regiões em perímetro urbano, o Novo Código Florestal manda que se siga o previsto no Plano Diretor e as leis de uso e ocupação do solo do município desde que observadas às restrições impostas pelo Código.
   O Novo Código Florestal define ainda, a região da Amazônia Legal como a que compreende os “…Estados do Acre, Pará, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e regiões ao norte do paralelo 13° S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado do Maranhão”. Abrangendo toda a chamada “Amazônia brasileira”.
   Mas, uma das questões mais polêmicas do Novo Código Florestal é a questão tratada no seu Artigo 16º sobre a existência de “reserva legal” em toda propriedade, sendo que o percentual da propriedade que deve ser destinado a esse fim, segundo o Novo Código, chega a 80% na região da Amazônia Legal. Reserva na qual é proibida a supressão da vegetação nativa e só é permitida a utilização sob regime de manejo florestal sustentável. Para alguns, como a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e a chamada “bancada ruralista”, a utilização do imóvel rural deveria ser plena e até mesmo de uso irrestrito em nome do desenvolvimento. Mas para outros, como o CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e o Ministério Público, o correto é mesmo condicionar o uso da propriedade rural de modo a garantir a preservação do que, convencionou-se chamar de “bens jurídicos ambientais” uma vez que, com está escrito no Art. 1º, as florestas e demais formas de vegetação.
   "Não deixemos que esse bem tão valioso e importante não apenas para o Brasil, mas para o mundo, possa ser destruído por um código que desvaloria a nossa floresta Amazônica, que prefere a riqueza financeira sem a preocupação de preservação. É um bem de interesse comum a todos os habitantes do nosso país e somos obrigados a preservá-la”.